Imagem: Facebook, página "Poder Naval Mundial " - acessado em 15/06/21
QUANDO PARTICIPAVA do bloqueio de Copenhagen, em 1801, o Almirante Nelson, referindo-se à diplomacia britânica, escreveu que “detestava homens que usavam tinta e canetas, e que os melhores negociadores da Grã Bretanha na Europa eram os seus navios de guerra”.
Obviamente não podemos tomar ao pé da letra a declaração do herói de Trafalgar e de outras tantas vitórias britânicas no mar, mas o fato é que, sem um poder militar forte, os acordos internacionais poderão incorrer no que Thomas Hobbes registrou na sua obra “Leviatã”: “Os pactos sem a espada não passam de palavras, sem força para dar a menor segurança a ninguém”. Um outro nome bastante conhecido dos historiadores militares, Frederico “O Grande”, Imperador da Prússia, declarou certa vez que “diplomacia sem força militar é como música sem instrumentos”. Fazendo coro com esses três conhecidos personagens, escreveu há alguns anos o General de Divisão (R-1) Rocha Paiva: “Um forte poder militar confere maior robustez à política exterior, atrai alianças, dissuade ameaças e desagrava afrontas”.
Dada as características de mobilidade, presença e versatilidade das marinhas de guerra, é o poder naval que melhor se presta ao papel de apoiar a política externa de um estado, sem com isso ferir suscetibilidades diplomáticas ou gerar crises internacionais desnecessárias. Por isso, considera-se como uma tarefa relevante e necessária em tempo de paz a “diplomacia naval”, que é o emprego político do poder naval em apoio à política externa de um país. No caso específico brasileiro, essas ações devem ser fruto de um planejamento integrado entre a Marinha do Brasil, o Ministério das Relações Exteriores e o Ministério da Defesa, como parte de uma estratégia maior da presença militar brasileira em Forças de Paz da ONU e em ações de caráter humanitário, o que inclui, necessariamente, a participação de contingentes do Exército Brasileiro e da Força Aérea Brasileira.
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